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Todos ao Vale da Azinhaga!

Se há lugares repletos de magia, o Vale da Azinhaga alcança o estatuto de feiticeiro de Oz. Porque é de magia que se fala. E é de encontro e reencontro de que são feitos os pedacinhos de infância descobertos por aqui.

Ana Carreira

É uma quinta que promove o encontro entre a arte, ofícios e pessoas, descobri-a antes dos confinamentos e é sítio de passagem obrigatória lá por casa. Já estava há uns tempos para partilhá-lo por aí, ontem foi a primeira edição do festival infantil da Azinhaga, correu tão bem que não pode perder os próximos. Os miúdos vão adorar!

E, sim, tem animais muito fofinhos - que aguardam ansiosamente por festas  como os póneis Julião e Julieta, mas o Vale da Azinhaga, reúne, sobretudo, um projeto que junta várias disciplinas que suportam a educação e o bem estar, em comunhão com a Natureza. Seja no âmbito escolar ou em família, a ideia é que passe por aqui e leve para casa um bocadinho de paraíso na margem sul, nas Costas de Cão, a 5 minutos da Trafaria. (A estrada velha esquiva-nos do trânsito veloz da via rápida da Caparica).

Foram muitos os que acorreram à festa de entrada livre situada nesta quinta tornada terra de famílias pelas mãos de Magda Vitorino, a proprietária deste “bocadinho de mato” e mulher de sete ofícios, que recebe todos de coração gentil e aberto, feliz por sentir que “aquela ideia resultou tão bem, as pessoas estão a adorar”. 
Bebés a dormir na fresquidão das árvores, crianças a disputar infindáveis torneios de Ping Pong, a saltar até às nuvens nos trampolins ou a viajar nas histórias aconchegantes da Poets Dragons, livraria parceira da Azinhaga.

E é aproveitar, sentir a manhã ou a tarde que se destila devagar entre os relvados, as flores, as barraquinhas de refrescos e gelados e os almofadões das sessões de leitura. Há histórias, oficinas e pequenos workshops de ilustração. Conhecemos ilustradores e artesãos daqui e dos quatro cantos do Mundo com trabalhos bonitos que se podem encomendar à distância de um clique. Há arte na Natureza e há natureza em forma de Arte. E há muito que nos apetecia uma tarde assim. As batucadas e os tambores dos Probatuka encerraram o dia, entre danças, ritmos e gargalhadas felizes de miúdos e graúdos. 

Quem foi e (já) passou palavra, sabe que aguardamos ansiosamente pelo próximo festival infantil. Até lá, descubra este lugar bonito, entre um e outro mergulho. Afinal, o mar está ali tão perto.