Red Hot Chili Peppers em dez canções
Os Red Hot Chili Peppers vão finalmente estrear-se no festival Alive, em Algés a 8 de julho de 2021, ainda para mais com o guitarrista John Frusciante de volta à formação, fazendo companhia ao vocalista Anthony Kiedis, ao baixista Flea e ao baterista Chad Smith.
Ainda com esta belíssima novidade a quente da sua vinda a Portugal, recordamos dez dos temas mais emblemáticos desta banda que fez do peito nu o seu único uniforme.
Jungle Man (do álbum de 1985, ?Freaky Styley?)
Os Red Hot Chili Peppers são apanhados em cheio a descobrir um novo som, um encaixe praticamente inédito de funk com rock pesado, com apontamentos de jazz. Ouve-se logo a assinatura da linha de baixo de Flea (um ex-trompetista convertido à força ao baixo) e a varinha mágica de sons diversos que era a guitarra elétrica do falecido Hillel Slovak.
Me and My Friends (do álbum de 1987, "The Uplift Mofo Party Plan")
Um ano antes da banda perder metade da sua formação, com a overdose fatal de heroína de Hillel Slovak e a saída do baterista Jack Irons, os Chili Peppers mandam este murro no estômago, 'Me and My Friends', que volta e meia ainda assombra os alinhamentos dos concertos, passados todos estes anos.
Give It Away (do álbum de 1991, ?Blood Sugar Sex Magik?)
Este é um dos temas icónicos que fez de ?Blood Sugar Sex Magik? o álbum mais célebre dos Chili Peppers. O vídeo com a banda pintada de prateado rolou bastante na televisão e mereceu dois prémios da MTV. A grande invasão de palco durante a atuação dos Red Hot Chili Peppers nos MTV Video Music Awards provava que eles eram uma das bandas do momento. Já estava a operar então a formação que vem agora ao NOS Alive: o vocalista Anthony Kiedis, o baixista Flea, o baterista Chad Smith e o jovem fã John Frusciante na guitarra elétrica.
Under the Bridge (do álbum de 1991, "Blood Sugar Sex Magik")
A música que esteve para ficar de fora de ?Blood Sugar Sex Magik? daria ainda mais força ao disco e tornou-se na balada mais popular da banda. A letra de Kiedis é autobiográfica e aborda sem segredos o seu passado de toxicodependente.
Aeroplane (do álbum de 1995, ?One Hot Minute?)
Dave Navarro, dos Jane?s Addtion, é um grande guitarrista mas o seu estilo não se entrosou na química muito personalizada dos Peppers, muito menos nas jams em estúdio que a banda tanto gosta. Mas no meio de tantos problemas - incluindo a recaída nas drogas - surge esta canção que atenua a sensação de fracasso e a ausência de John Frusciante (também ele então nos infernos das drogas).
Scar Tissue (do álbum de 1999, ?Californication?)
O heroinómano John Frusciante fugiu à morte e reabilitou-se. O seu regresso à banda significou o seu renascimento. Os seus acordes abriram novas vias e as grandes canções voltaram, sobretudo esta.
Parallel Universe (do álbum de 1999, "Californication")
Os índices de auto-confiança voltaram aos piques em 1999 e no meio de desse sentimento de omnipotência, desencantaram esta música. Sempre que a tocam ao vivo, é-lhes conferida a sensação de que estão a conquistar o mundo e são a melhor banda do planeta. Por cinco minutos, isso é totalmente verdade. 'Parallel Universe' permite-lhes esse sonho grandioso.
By the Way (do álbum de 2002, "By the Way")
Não foi por acaso que foi escolhido como o primeiro single promocional do álbum a que dá nome ?By the Way?. Intervala entre o melhor dos dois mundos: ora uma cantilena orelhuda, ora uma enorme atribulação sísmica tão ao gosto do corpo instrumental da banda.
Venice Queen (do álbum de 2002, ?By the Way?)
"By the Way" é talvez o álbum mais introspetivo e menos funky do grupo, com o guitarrista John Frusciante a assumir um papel de supremacia autoral dentro da banda. Levou temas como 'Venice Queen' para longas viagens sensoriais graças à sua genialidade.
Dark Necessities (do álbum de 2016, "The Getaway")
Mesmo durante a segunda e longa ausência de John Frusciante, os Chili Peppers nunca deixaram arrefecer o seu caldeirão de funk e rock, graças a temas como 'Dark Necessities'. A banda foi-se aguentando e sobreviveu bem.
