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Gonçalo Palma
13 outubro 2020, 15:59
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Obra dos INXS arrancou há 40 anos

Obra dos INXS arrancou há 40 anos
DR - capa do álbum INXS
Gonçalo Palma
13 outubro 2020, 15:59
Álbum de estreia homónimo foi publicado a 13 de outubro de 1980.
Faz hoje, a 13 de outubro, 40 anos que arrancou a discografia de álbuns de uma das mais bem sucedidas bandas rock dos anos 80 e 90: os INXS. "INXS" foi lançado a 13 de outubro de 1980 no mercado australiano. 
 
Aproveitamos a data para saltitar pela discografia de álbuns do grupo de Michael Hutchence e dos irmãos Farriss, escolhendo seis volumes. 
 
"INXS", de 1980 
O disco fica mais na história por ser o álbum de estreia dos INXS do que por outra coisa. O som ainda está imberbe, Michael Hutchence experimenta movimentos com pinta e em 1980 eram apenas uma banda desconhecida de um país distante como a Austrália. Ainda havia muito mar para atravessar mas já estava ali uma alegria qualquer que iria levá-los para altos voos. A formação era já a mesma dos dias de glória: o vocalista Michael Hutchence, o guitarrista Tim Farriss, o saxofonista e guitarrista Kirk Pengilly, o baixista Garry Gary Beers, o teclista Andrew Farriss e o baterista Jon Farriss. 
 

 
"Listen Like Thieves", de 1985 
O prenúncio do estrondoso sucesso de "Kick" está neste álbum. A banda já tem um som e Michael Hutchence já se apodera do palco como um monstro e com um pequeno truque: não conseguir ver a audiência por causa da sua miopia de alto grau dava-lhe azo e confiança para o brilharete. E já se tinha aninhado o mais importante de tudo: as canções. 
 
 
  
"Kick", de 1987 
Não, não é uma compilação de êxitos, é mesmo um álbum de originais. O sexto longo de estúdio é um massacre de hinos radiofónicos numa só rodela: 'New Sensation', 'Need You Tonight', a poderosa balada 'Never Tear Us Apart', 'Mystify' e o mundo à sua mercê. Os INXS deixam a Austrália para o éter eterno da rádio. E por isso ainda cá moram. 
 

 
"X", de 1990 
É na digressão deste álbum que a banda conhece o pico ao vivo com o concerto no Estádio do Wembley, em Londres para mais de 70 mil pessoas. A passada gigante para a glória mundial foi com "Kick", mas o seu usufruto pleno foi com "X". 
 
 
 
"Welcome to Wherever You Are", de 1992 
Começa neste disco o apagamento mediático dos INXS, apesar do conjunto forte de canções, entre as quais algumas baladas luminosas como 'Beautiful Girl'. 
 
 
 
"Full Moon, Dirty Hearts", de 1993 
Gravar numa ilha como Capri pode ser um trabalho de sonho, mas no caso dos INXS foi um pesadelo, com o vocalista Michael Hutchence muito intempestivo e violento em estúdio, atirando com microfones e tendo chegado a ameaçar esfaquear o baixista Gary Beers. Não era um filme de terror, era apenas mais um álbum dos INXS e o início do descalabro, sobretudo para Michael Hutchence, que começa a ter problemas de equilíbrio mental após um murro violento de que tinha sido vítima de um taxista, numa escaramuça meses antes em Copenhaga, a que testemunhou a namorada de então, a modelo Helena Christensen. A perda total do olfato, a perda parcial do paladar, as insónias e as depressões levaram o vocalista a um final de vida infernal, até à morte trágica em 1997, estrangulado por um cinto num quarto de hotel.