Ouça a M80, faça o download da App.
Redação
26 fevereiro 2021, 14:50
Partilhar

"Ele era a pessoa que me abraçava com mais força"

"Ele era a pessoa que me abraçava com mais força"
Redação
26 fevereiro 2021, 14:50
O selecionador nacional de andebol recorda Alfredo Quintana que morreu hoje aos 32 anos.

O Selecionador Nacional de Andebol, Paulo Jorge Pereira recorda Alfredo Quintana, o guarda-redes do Futebol Clube do Porto (FCP) e da seleção nacional que morreu hoje aos 32 anos, vitima de uma paragem cardiorrespiratória.

"São momentos muito difíceis. É preciso estarmos todos muito solidários, sobretudo com os atletas do Futebol Clube do Porto que viveram a situação, que foi uma situação muito difícil de viver. Custa-me imaginar que o Quintana não estará entre nós para continuar este caminho brilhante que temos feito nos últimos tempos. Temos que tentar reagir como ele reagia numa situação adversa. Isto foi com certeza a pior derrota que tivemos na Seleção Nacional, a pior derrota que o andebol do Futebol Clube do Porto teve em toda a sua existência. Nada disto é justo, mas por ele vamos ter de reagir e seguir em frente", afirma Paulo Jorge Pereira, em declarações ao Porto Canal. 

O selecionador nacional diz que Quintana não tinha problemas em enfrentar as adversidades e que "tinha tudo aquilo que é preciso ter em termos desportivos. Não tinha problemas em enfrentar dificuldades, encontrava formas de as superar e tinha características que normalmente os grandes atletas têm."

"Só tenho pena de não o ter abraçado ainda mais vezes. Ele era uma pessoa muito dócil, embora por vezes aparentasse uma forma de estar um pouco mais brusca, mas depois é como se andasse à procura das pessoas para pedir desculpa. Para mim, ele era um ser humano extraordinário". 

Já com a voz embargada e visivelmente emocionado, o selecionador nacional de andebol diz que a memória mais forte que vai guardar é o abraço de Quintana. "Normalmente  todos nos abraçamos antes e depois dos jogos, mas ele era a pessoa que me abraçava com mais força. Quando chocávamos as mãos eu tinha de me proteger porque ele era a pessoa que batia com mais força. Todo ele era emoção, para mim era uma pessoa extraordinária que me vai fazer falta."