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Redação / Agência Lusa
07 outubro 2021, 16:51
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Docente da Universidade da Madeira participa em missão oceanográfica alemã

Docente da Universidade da Madeira participa em missão oceanográfica alemã
Redação / Agência Lusa
07 outubro 2021, 16:51
O objetivo é analisar os efeitos das alterações climáticas sobre o ecossistema marinho no Sistema de Ascensão de Benguela ao largo da Namíbia e África do Sul.

O professor e investigador da Universidade da Madeira Manfred Kaufmann está a participar numa missão oceanográfica para o estudo das alterações climáticas, a bordo de um navio de investigação alemão, indicou hoje a instituição.

“O Ministério Federal da Educação e Investigação da Alemanha financia o projeto TRAFFIC – Trophic transfer efficiency in the Benguela Current, com o objetivo de analisar os efeitos das alterações climáticas sobre o ecossistema marinho no Sistema de Ascensão de Benguela ao largo da Namíbia e África do Sul”, refere a universidade em comunicado.

Manfred Kaufmann é docente da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade da Madeira e investigador do Observatório Oceânico da Madeira e embarcou no navio FS Sonne em 20 de agosto, a convite da Universidade de Hamburgo, Alemanha.

A missão, com uma duração prevista de dez semanas e meia, vai percorrer cerca de 12.000 milhas náuticas entre o Atlântico Norte e a zona costeira ao largo da África de Sul e da Namíbia.

O projeto visa o estudo do plâncton (microrganismos à deriva com as correntes) no sistema de ascensão de águas profundas junto às costas daqueles países, conhecido como Benguela Upwelling System (BUS), sendo que o Ministério Federal da Educação e Investigação da Alemanha pretende, também, analisar os efeitos das alterações climáticas sobre aquele ecossistema marinho.

De acordo com a Universidade da Madeira, o BUS está entre as regiões mais produtivas do oceano do mundo, caracterizado por elevadas taxas de rotação de CO2 e de grande relevância para a pesca.

“Manfred Kaufmann desenvolve estudos na área das plantas marinhas microscópicas, o fitoplâncton, tentando caracterizar, em conjunto com os colegas da Universidade de Hamburgo, a base da cadeia trófica naquele importante ecossistema”, esclarece a instituição.