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Redação / Agência Lusa
04 janeiro 2022, 14:01
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Preço das casas para arrendar em Portugal desce em 2021

Preço das casas para arrendar em Portugal desce em 2021
PIXABAY
Redação / Agência Lusa
04 janeiro 2022, 14:01
A análise é de dois portais imobiliários.

O preço das casas para arrendar em Portugal desceu em 2021, de acordo com os portais imobiliários Idealista e Imovirtual.

O idealista aponta para uma descida de 4,3% em 2021, para 10,7 euros por metro quadrado (euros/m2), enquanto a queda do preço no último trimestre do ano passado foi de 0,9%.

De acordo com o índice de preços do idealista, arrendar casa em Portugal tinha “um custo de 10,7 euros/m2” no final do mês de dezembro do ano passado, tendo em conta "o valor mediano", enquanto a diminuição registada no quarto trimestre do ano foi de 0,9%.

A análise efetuada pelo idealista permite ainda saber que em Lisboa o preço para arrendar diminuíu 2,9%, o que constitui a “única descida do país em 2021”, em termos de cidades, sendo que o custo por metro quadrado é agora de 13,4 euros.

Além disso, o idealista assinala também em comunicado que durante o último ano, o preço das casas para arrendar desceram na Região Autónoma dos Açores (-8,7%), na Área Metropolitana de Lisboa (-4%) e no Norte (-1,7%).

Por outro lado, foi no Alentejo onde se assistiu a uma maior subida do preço (9,5%), seguida pelo Algarve (7,6%), Região Autónoma da Madeira (6,6%) e pelo Centro do país (4,9%).

E prossegue: “A Área Metropolitana de Lisboa, com 12,4 euros/m2, continua a ser a região mais cara, seguida pelo Algarve (9,8 euros/m2), Norte (9,1 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (8,6 euros/m2)”.

Do lado oposto, isto é, as regiões mais baratas, são o Centro (6,5 euros/m2), Região Autónoma dos Açores (6,6 euros/m2) e o Alentejo (sete euros/m2).

Quanto aos distritos analisados, as maiores descidas de preço ocorreram na Ilha de São Miguel (-13,5%), Viseu (-8,1%), Lisboa (-3,8%), Aveiro (-1,5%) e Porto (-0,6%).

Em sentido contrário, subiram em Castelo Branco (20%), Viana do Castelo (18,5%) e Leiria (11,9%), seguindo-se Vila Real (8,6%), Faro (7,6%), Ilha da Madeira (6,5%), Coimbra (6%), Setúbal (5,6%) e Santarém (2,3%).

O idealista assinala ainda que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (12,7 euros/m2), seguindo-se Faro (9,8 euros/m2), Porto (9,8 euros/m2), Setúbal (8,9 euros/m2), Ilha da Madeira (8,6 euros/m2), Évora (7,1 euros/m2) e Coimbra (sete euros/m2).

Os preços mais económicos encontram-se em Vila Real (4,6 euros/m2), Viseu (4,6 euros/m2), Santarém (5,1 euros/m2), Castelo Branco (5,9 euros/m2) e Viana do Castelo e Braga (ambas com 6,2 euros/m2).

No que respeita às cidades que são as capitais de distrito, o idealista enfatiza que o preço de arrendamento no ano passado “desceu apenas” em Lisboa.

Agora arrendar casa na capital é mais barato 2,9%, mas, por outro lado os preços aumentaram em Castelo Branco (20,7%), Viana do Castelo (14,3%), Faro (12,2%), Coimbra (7,6%), Funchal (7,3%) e Braga (7%).

Além disso, subiram em Setúbal (6,7%), Leiria (5,9%), Viseu (5,8%), Santarém (4,2%) e Aveiro (2,8%).

No caso da cidade do Porto, os preços mantiveram-se praticamente estáveis no ano passado, com uma pequena subida de 0,2%.

Se Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa (13,4 euros/m2), no caso do Porto paga-se 10,7 euros/m2 e em Faro despende-se 8,9 euros/m2, sendo que ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente.

Já as cidades mais baratas são Viseu (cinco euros/m2), Santarém (5,2 euros/m2), Castelo Branco (5,2 euros/m2), Leiria (5,8 euros/m2) e Viana do Castelo (seis euros/m2), conclui a análise efetuada pelo idealista.

O portal Imovirtual aponta paraum diminuição do valor médio do arrendamento em Portugal de 5,8% em 2021, para 1.017 euros, face ao ano anterior.

Além disso, diz o Imovirtual, a diferença é mais significativa se comparada com 2019 (-18,1%), já que a renda média nesse ano foi de 1.242 euros, esclarece ainda o portal de anúncios imobiliários em comunicado.

No ano passado, os locais mais caros para arrendar casa eram Lisboa, com uma renda média de 1.264 euros, seguindo-se o Porto (935 euros), Madeira (875 euros) e Faro (833 euros).

Por sua vez, o distrito que registou o maior aumento do valor médio da renda, de 351 euros em 2020 para 425 euros no ano passado, foi a Guarda (+21,1%), seguido de Portalegre (+12,5%), que passou dos 343 euros para os 386 euros, pela mesma ordem.

Já a queda mais acentuada das rendas no ano passado, face ao ano anterior, observou-se em Beja (-9,5%), tendo descido de 557 euros para 504 euros, sendo que no segundo lugar surge Lisboa com uma diminuição de 9%, ao passar de 1.389 euros para 1.264 euros, nos respetivos anos.

Quanto a 2019, a Guarda surge também como o distrito com maior aumento das rendas (+18,7%), o qual, nesse ano, se fixou nos 358 euros, seguindo-se Santarém com uma subida de 11,8%, ao passar de 484 euros para 541 euros.

O valor médio da renda em Portalegre, por sua vez, subiu 11,6% em 2019, para 346 euros, lê-se no comunicado.

Ainda, segundo o Imovirtual, a queda mais significativa das rendas, em comparação com 2019, ocorreu em Lisboa (-20,3%), onde a renda nesse ano era de 1.586 euros, seguindo-se o Porto (-16,7%), onde a renda média em 2019 era 1.123 euros.

No caso do preço de venda médio das casas, o diretor-geral do Imovirtual, Ricardo Feferbaum, explicou que este “tem vindo a aumentar desde 2019”, altura em que o mercado imobiliário teve “alterações e dinâmicas”, devido às novas necessidades e tipo de procura que surgiram com a pandemia da covid-19.

“Tal aconteceu em 2020 e 2021 manteve essa tendência”, realçou o gestor, citado no comunicado, adiantando que já em relação ao arrendamento se observa uma “diminuição dos preços”, que pode estar associada, por um lado, “à maior oferta, mas também à "mobilidade interna" possibilitada pelo trabalho remoto, já que as maiores quebras se registaram nas grandes capitais.

Com base nos dados da Imovirtual, foi possível ainda saber que o preço médio de venda dos imóveis anunciados no ano passado neste portal foi de 362.870 euros, o que representou um aumento geral de 5,1% face ao ano anterior (345.412 euros) e uma subida de 11,8% comparaticamente a 2019 (324.559 euros).

No ano passado, os distritos com casas para mais caras para venda foram Lisboa (578.083 euros), Faro (479.300 euros), Região Autónoma da Madeira (359.513 euros) e o Porto (323.016 euros), sendo que os mais baratos para comprar foram a Guarda (112.759 euros) e Portalegre (117.845 euros).

Quanto à subida homóloga mais significativa do preço de venda das casas em 2021, observou-se em Évora, com o preço médio a passar de 204.690 euros em 2020 para 238.373 euros em 2021, isto é, superior em 16,5%, seguindo-se a Madeira (+10,5%), onde o preço de venda em 2020 se fixava nos 325.382 euros. Aveiro Beja e Braga, por seu turno, registaram aumentos de 9,8%, 9% e 8,6%, respetivamente.

Já os distritos da Guarda e Portalegre, onde o preço de venda era o mais baixo no ano passado, foram também os únicos que registam uma descida nos valores na comparação com 2020 (-8% e -3,3%) e 2019 (-14,5% e -22,4%), pela mesma ordem.

Em comparação com 2019, Évora é também o distrito onde se verifica o maior aumento do preço médio (+33,1%), que nesse ano era de 179.081 euros.

Na segunda posição surge "Aveiro (+18,6%), que passa de 200.295 euros para 237.565 euros, e em terceiro lugar Setúbal (+16,9%), que sobe de 256.436 euros para 299.655 euros", lê-se no comunicado.