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Redação
21 janeiro 2022, 19:02
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Aline Frazão apresenta o novo álbum "Uma Música Angolana" em Espinho e Lisboa

  Aline Frazão apresenta o novo álbum "Uma Música Angolana" em Espinho e Lisboa
Daryan Dornelles
Redação
21 janeiro 2022, 19:02
A cantora regressa em 2022 com "Uma Música Angolana", o novo álbum de originais que será lançado no dia 4 de março.

O Auditório de Espinho | Academia e o Teatro Maria Matos, em Lisboa, serão os primeiros espaços a receber o espetáculo de apresentação ao vivo do novo trabalho da artista angolana. A 26 de março, Aline Frazão atua em Espinho e algumas semanas depois, a 20 de abril, a artista sobe ao palco da sala lisboeta. Os bilhetes já se encontram à venda nos locais habituais.

Aline Frazão dedica 'Luísa' - o primeiro single do disco - "às Luísas, Marias e Cecílias, Fernandas, Susanas e Luejis, Gingas, Lúcias e Lucindas deste mundo, aquelas que não se escondem mais, aquelas que não desistem mais, aquelas que não deixarão de usar a sua voz", como refere o comunicado que chegou à redação.

"'Luísa' é uma canção sobre liberdade. A liberdade de ser, de criar, de pensar, de falar, de cantar e de gritar pela possibilidade de existir sem limites e de forma plena, sem cedências. Um tema que nos remete para o universo de Aline, que na sua voz doce e serena transporta canções que podem (e vão) mudar o mundo. Mensagens poderosas de alguém que sonha um futuro melhor para quem a rodeia, abraçadas por sonoridades que recuperam as suas raízes culturais", continua a nota.
 



O single 'Luísa', que já está disponível, é uma amostra do que podemos esperar de "Uma Música Angolana" - disco que materializa o regresso ao som colectivo de banda. "'Uma Música Angolana' navega entre vários ritmos de matriz africana, como a Massemba e o Kilapanga de Angola, o Batuku de Cabo Verde, o Soukous do Congo, o Afoxé e o Maracatu do Brasil - desconstruídos, reinventados, reivindicando-se aqui não só a origem comum a todos eles mas também imaginando uma sonoridade nova de fronteiras perdidas, que se consolida sobre uma espécie de pátria imaginária feita de memórias rítmicas partilhadas, de lutas actuais e de celebrações necessárias e urgentes".

O disco conta com a participação do artista angolano Nástio Mosquito, do cantor brasileiro Vítor Santana e da violoncelista alemã Suzanne Paul. Brisa Marques assina a letra para a melodia composta por João Pires, e o fadista Ricardo Ribeiro compôs uma canção inédita para poema de Pedro Homem de Melo. O álbum recupera ainda uma canção de Paulo Flores, com direito a um novo arranjo. A produção ficou a cargo de Aline Frazão, que acompanhou o processo a cada momento, criando um álbum revelador da sua genialidade e singularidade.

Aline Frazão (Luanda, 1988) é uma das vozes mais relevantes e internacionais da nova geração de artistas de Angola. É cantora, autora, compositora e produtora musical, contando com quatro álbuns editados: "Clave Bantu" (2011), "Movimento" (2013), "Insular" (2015) e "Dentro da Chuva" (2018). Além do seu já extenso trabalho na música, escreve crónicas, ensaios e contos. Pertence à associação angolana Ondjango Feminista.