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Agência Lusa
20 maio 2022, 06:10
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Função Pública de regresso aos protestos esta sexta-feira

Função Pública de regresso aos protestos esta sexta-feira
LUSA/MÁRIO CRUZ
Agência Lusa
20 maio 2022, 06:10
A manifestação nacional, acompanhada por pé-avisos de greve, pode causar perturbações no funcionamento de alguns serviços.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública espera "milhares de trabalhadores" na manifestação nacional de hoje, em Lisboa, para contestar a atualização salarial de 0,9% para este ano, que poderá causar perturbações no funcionamento de alguns serviços.

A manifestação da Frente Comum, que se realiza a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) no parlamento, arranca cerca das 14:30 do Marquês do Pombal, rumo à Assembleia da República.

"Estamos à espera de milhares de trabalhadores de todo o país em Lisboa", disse à Lusa o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana.

Para os trabalhadores poderem participar na manifestação, a Frente Comum emitiu "vários avisos prévios de greve", que poderão ter impacto no funcionamento dos serviços públicos durante o dia de hoje, indicou à Lusa Sebastião Santana.

"São avisos prévios de 24 horas que englobam, de uma maneira geral, todos os trabalhadores da Administração Pública e, apesar de não ser uma greve nacional, mas sim uma manifestação, haverá perturbações, sobretudo nas escolas", afirmou o líder sindical. 

A manifestação foi anunciada em 26 de abril, numa cimeira de sindicatos da Frente Comum, afeta à CGTP, em resposta ao resultado da reunião com o Governo, que manteve uma atualização salarial de 0,9% para este ano, apesar do agravamento da inflação. 

"Face à postura assumida pelo Governo, que não apresentou nenhuma proposta salarial, mantendo os 0,9% que nos foram impostos em janeiro, nem respondeu ao nosso caderno reivindicativo, os sindicatos da Frente Comum decidiram avançar com esta forma de luta, uma semana antes da votação final global do Orçamento do Estado" para 2022 (OE2022), disse então o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, à agência Lusa.

Sebastião Santana salientou que, se o Governo tiver vontade de sanar o conflito, ainda tem tempo de alterar a situação antes da aprovação final do OE2022.