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Agência Lusa
21 maio 2022, 07:26
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Cerca de 80 casos confirmados de "varíola do macaco" em 11 países

Cerca de 80 casos confirmados de "varíola do macaco" em 11 países
Associated Press
Agência Lusa
21 maio 2022, 07:26
A OMS sublinha que estes surtos são atípicos porque estão a ocorrer em países não endémicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciouque há cerca de 80 casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox em 11 países, afirmando que estes surtos são atípicos porque estão a ocorrer em países não endémicos.

Em comunicado, divulgado na sexta-feira, a OMS adianta que está a trabalhar com os parceiros para entender melhor a extensão e a causa dos surtos de varíola do macaco (Monkeypox).

O vírus é endémico em algumas populações animais em vários países, levando a surtos ocasionais entre pessoas locais e viajantes, mas “os recentes surtos registados até agora em 11 países são atípicos, uma vez que estão a ocorrer em países não endémicos”, refere a OMS.

Segundo a OMS, há cerca de 80 casos confirmados até agora e 50 investigações pendentes. “É provável que mais casos sejam reportados à medida que a vigilância se expande”.

A Organização Mundial da Saúde sublinha que está a trabalhar com os países afetados e outros países para expandir a vigilância da doença, para encontrar e apoiar as pessoas que podem ser infetadas e fornecer orientações sobre como gerir a doença.

“Continuamos a convocar reuniões de peritos e grupos de assessoria técnica (como a reunião de hoje do Grupo Estratégico sobre Riscos Infecciosos com Potencial Pandémico e Endémico) para partilhar informações sobre a doença e estratégias de resposta”, sublinha a OMS que continua a receber atualizações sobre o estado dos surtos de Monkeypox (que se espalha de forma diferente da covid-19) em curso em países não endémicos.

A Organização Mundial da Saúde apelas às pessoas para se manterem informadas, através de fontes fiáveis, como as autoridades de saúde nacionais, sobre a extensão do surto na sua comunidade (se houver), sintomas e prevenção.

Adverte ainda que a resposta à doença deve focar-se nas pessoas infetadas e nos seus contactos próximos e lembra que “estigmatizar grupos de pessoas por causa de uma doença nunca é aceitável”.

“Pode ser uma barreira para acabar com um surto, pois pode impedir as pessoas de procurarem os cuidados de saúde, e levar a uma propagação não detetada”, alerta no comunicado.

Portugal contabiliza 23 casos de infeção pelo vírus Monkeypox segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), que aguarda resultados relativamente a outras amostras.