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Agência Lusa
08 dezembro 2022, 13:36
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Morreu Fernando de Pádua

Morreu Fernando de Pádua
Fundação Fernando de Pádua
Agência Lusa
08 dezembro 2022, 13:36
Médico cardiologista ficou conhecido pelas luta contra o tabagismo e abuso de sal.

O cardiologista Fernando de Pádua, conhecido como "o médico do coração" e das lutas que encetou contra o tabagismo e o abuso do sal, morreu hoje, aos 95 anos de idade, anunciou a Fundação com o seu nome.

"Perdemos o nosso bem maior, o nosso presidente", lê-se na mensagem com que a Fundação Professor Fernando de Pádua anunciou a morte do médico.

 

 

Professor catedrático jubilado e presidente do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva, Fernando de Pádua fez o curso na Faculdade de Medicina de Lisboa e uma pós-graduação em Cardiologia em Harvard. 

Foi fundador da Fundação Portuguesa de Cardiologia e cofundador da Sociedade Internacional de Eletrocardiografia.

Em 1997 recebeu a Medalha de Ouro por Serviços Distintos, entregue pela ministra da Saúde na altura, Maria de Belém Roseira, e, em 2005, foi agraciado com o Grande Colar de "Oficial da Ordem de Santiago da Espada" pelo Presidente da República Jorge Sampaio. 

Em 2007, recebeu o Prémio Nacional de Saúde, atribuído pela Direção Geral da Saúde (DGS). O júri deste galardão reconheceu "o pioneirismo e a dedicação do trabalho de promoção e prevenção" realizado pelo médico cardiologista.

"Há já 40 anos que o médico Fernando Pádua se dedica à promoção da saúde e prevenção da doença, numa atitude pedagógica e altruísta, tendo sido fundador de instituições, autor de 300 trabalhos publicados nos media e tendo intervindo regularmente na televisão", justificou, na altura, a então bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e porta-voz do júri, Maria Irene de Silveira.

A eleição foi decidida pela "distinção de Fernando de Pádua no que diz respeito à sua visão estratégica em termos de prevenção, tendo recorrido intensivamente aos órgãos de comunicação social".

Fernando de Pádua disse estar preparado para viver até aos 120 anos e nunca se privou de manifestar a opinião sobre políticas de saúde, defendendo uma visão preventiva que evite a doença.