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Casa da Ínsua: um lugar com história

Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu...

Ana Carreira

Tenho por hábito fazer listas de sítios e lugares que quero muito conhecer e nestas férias, rumei ao centro, até à bonita zona de Viseu para (finalmente) conhecer a Casa da Ínsua. Já há tempos que falava dela nas minhas emissões da m80 Penalva do Castelo, e, na verdade, fazer a visita guiada pelos interiores e exteriores deste edifício barroco foi entrar numa cápsula de história que parece (ainda) suspensa noutro século.

A Casa foi mandada construir por volta de 1780 e nos tempos de hoje, o edifício ainda está na posse da família Albuquerque, mas foi reconvertido para hotel de charme, até porque esteve abandonado durante muito tempo.

Desde a cozinha à capela, desde o salão de jantar à sala Zuber com aquele original papel de parede pintado à mão, passando pela salinha oriental repleta de bambus e um samurai em tamanho real, é impressionante como tudo está tão bem preservado e restaurado. Há objetos raros como o saca-rolhas mecânico que ainda hoje funciona e um aquecedor que pelos vistos “trabalha muito bem”, como nos contou Renata Silva, a diretora do espaço e a cicerone da visita.

A quinta tem também workshops de queijo e compota produzidos nos 50 hectares da propriedade e abertos a quem se queira inscrever por marcação. E os vinhos já são famosos por si. “É uma forma de continuar todo o legado da quinta”. O Museu, a antiga Fábrica do Gelo, a Serralharia contam pedacinhos de história únicos, entre caminhos a perder de vista.

A maior surpresa foram os jardins (inglês e francês) com árvores muito raras, oriundas de todo o Mundo, pensar que ali estiveram desde sempre. Há sequoias, ciprestes do Japão, dezenas de variedades de camélias e um lago só de flores de lótus. São precisos 5 jardineiros para manter este pequeno pedaço de paraíso verde e, claro está que usei e abusei deste oxigénio raro que não se encontra todos os dias. 

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