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Agência Lusa
26 novembro 2020, 18:27
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Setor automóvel gera mais de 20% das receitas fiscais do Estado

Setor automóvel gera mais de 20% das receitas fiscais do Estado
Agência Lusa
26 novembro 2020, 18:27
A ACAP mostrou-se hoje descontente perante a ausência de apoios, inscritos no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), para o setor, que registou quebras superiores a 35% até outubro.

O secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) avançou hoje que o setor é responsável por 21% do total das receitas do Estado, o equivalente a mais de 9.000 milhões de euros anuais.

"As receitas fiscais geradas pelo setor são de mais de 9.000 milhões de euros anuais, 21% do total das receitas fiscais do Estado", avançou Hélder Pedro, em conferência de imprensa 'online'. 

Conforme precisou este responsável, este total abrange os valores referentes ao imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), imposto único de circulação (IUC) e imposto sobre o valor acrescentado (IVA).

O setor tem um volume de negócios superior a 33 mil milhões de euros, sendo a indústria responsável por 4,2 mil milhões de euros de valor acrescentado bruto (VAB).

A ACAP mostrou-se hoje descontente perante a ausência de apoios, inscritos no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), para o setor, que registou quebras superiores a 35% até outubro. 

"A ACAP revela-se descontente e contesta a ausência de medidas que visem estimular o setor que, além de bastante descapitalizado, registou, nos últimos 10 meses, quebras superiores a 35%", indicou, em comunicado, a associação.

Nos primeiros 10 meses do ano, o setor registou uma quebra de 26% na produção e, no que se refere às matriculas de ligeiros de passageiros, Portugal está em segundo lugar, entre os países da União Europeia com uma descida de 37%. 

À frente de Portugal está apenas a Croácia. 

No mesmo sentido, as vendas 'rent a car' foram impactadas com a "crise no setor do turismo e restauração", caindo 50% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2019.

O OE2021 foi hoje aprovado, no parlamento, com os votos a favor do PS, e com a abstenção do PCP, PEV, PAN e das duas deputadas não inscritas.

Votaram contra os deputados do PSD, BE, CDS, Iniciativa Liberal e Chega.