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Redação
08 fevereiro 2021, 11:42
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Vocalista dos Wolf Alice junta-se ao coro de críticas a Marilyn Manson

Vocalista dos Wolf Alice junta-se ao coro de críticas a Marilyn Manson
Rúben Viegas / Amy Harris (Invision/Associated Press)
Redação
08 fevereiro 2021, 11:42
O cerco aperta-se contra Brian Warner, o homem por trás da personagem de Marilyn Manson. Também o manager rompe com o rocker.

O rol de acusações contra Marilyn Manson não pára, desde que a sua ex-namorada Evan Rachel Wood denunciou o seu comportamento sexual abusivo e manipulador. Agora foi a vez da vocalista dos indie-rockers Wolf Alice, Ellie Rowsell, contar a sua história com Marilyn Manson, no Twitter. "Conheci o Marilyn nos bastidores de um festival. Depois de ele cumprimentar a minha banda e de se tornar cada vez mais hiperbólico, comecei a suspeitar do seu comportamento. Fiquei chocada quando me apercebi que ele estava a filmar a minha saia com uma (câmara de filmar) GoPro". 

A cantora e guitarrista inglesa aproveitou para mostrar a sua solidariedade para com Evan Rachel Wood e "para todas as que estão a denunciar o comportamento de Marilyn Manson. É triste ver pessoas a defendê-lo. Só porque põe a depravação em primeiro plano não lhe dá o passe livre para abusar de mulheres".

 

No jornal Daily Mirror, a fotógrafa Erica Von Stein revela que, após um concerto em Glasgow (na Escócia), Marilyn Manson chamou várias fãs para o seu autocarro de digressão, embriagando-as e pedindo para que tirassem os soutiens para o rocker poder avaliar "quem tinha as maiores mamas". "Ele estava rodeado por pessoas mais velhas mas ele era realmente o dominador. Não me pareceu que alguém lhe conseguisse dizer não", diz Erica Von Stein.

No meio desta vaga de denúncias contra Marilyn Manson, o seu manager de há mais de 25 anos Tony Ciulla decidiu romper com o rocker, cujo nome civil é Brian Warner. A notícia é avançada pela Rolling Stone, que recorda os momentos controversos de Marilyn Manson em que Ciulla foi solidário com o artista, como o massacre do liceu de Columbine (por jovens que se inspiravam na sua música) e outros processos judiciais. Mas esta relação profissional não sobreviveu a este rol de acusações, depois da editora discográfica de Marilyn Manson, Loma Vista, ter decidido cortar relações com o músico.

Nesta conjuntura de polémicas, foi recuperada uma história narrada na biografia de Marilyn Manson, "The Long Hard Road Out of Hell", que envolve o ex-amigo Trent Reznor (dos Nine Inch Nails) sobre abusos físicos de mulheres nos anos 90. Trent Reznor demarcou-se dos comportamentos de Marilyn Manson, em comunicado enviado à Pitchfork. "Tenho sido muito expressivo ao longo dos anos sobre a minha repulsa em relação ao Manson como pessoa e cortei relações com ele há quase 25 anos. Tal como disse na altura”, em 1998, quando o livro foi publicado, "essa transcrição das memórias do Manson é uma completa fabricação. Fiquei furioso e ofendido na altura, quando saiu, e continuo ainda hoje".