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Redação
05 março 2021, 13:44
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Artistas e promotores de espetáculos exigem não ser os últimos a retomar a atividade

Artistas e promotores de espetáculos exigem não ser os últimos a retomar a atividade
Estela Silva (EPA/Lusa)
Redação
05 março 2021, 13:44
A campanha chama-se "será que os primeiros vão ser os últimos?" e antecede o plano de desconfinamento que o Governo vai apresentar no dia 11 de março.


São muitos os artistas que se juntaram à campanha da Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos que exige ao Governo que a retoma dos recintos culturais não fique para último no calendário de desconfinamento a ser apresentado no próximo dia 11 de março

"A poucos dias de conhecermos o 'calendário do desconfinamento' que será apresentado pelo Governo no próximo dia 11 de março, os mais de 130.000 trabalhadores do sector, só podem exigir que a cultura e todos recintos culturais, não sejam agora os últimos a retomar a sua actividade e remetidos para uma espera ainda mais penalizadora para um sector já tão duramente castigado", refere o comunicado publicado hoje na página oficial da APEFE. 

Entre as muitas vozes que representam os trabalhadores do setor estão as de Eunice Muñoz, Rui Veloso, Diogo Infante, Kalu (Xutos & Pontapés), Ana Moura, César Mourão, Tainá, Pedro Tochas, Filipa Peraltinha, Nuno Sá, Miguel Coimbra, FF, Mariza, Paulo de Carvalho, Gisela João, Paulo Gonzo, Luís de Matos, Nuno Markl, António Zambujo, Inês Aires Pereira, Camané, Irma, Miguel Cristovinho, Tito Paris, Soraia Tavares, Silk, Francisco Kasha, Jorge Fernando, Ana Brito e Cunha ou Filipe Lá Féria.  

"Desde o início da pandemia Covid-19 que a cultura é um dos sectores mais afectados, registando quebras superiores a 80% durante o último ano", refere ainda a nota que acompanha a publicação de vários vídeos nos quais se ouve a frase: será que os primeiros vão ser os últimos.

"Diz todo o sector e comprova o Parlamento Europeu no estudo 'Cultural and creative sectors in post- COVID-19 Europe' publicado no final do passado mês de fevereiro, que todo o mercado da cultura deverá ter sofrido uma quebra média de 87% em todos os países da União Europeia", diz ainda o comunicado.

Além de focar as duras consequências da pandemia para o setor, a APEFE sublinha ainda as condições de segurança que pautaram a realização de espetáculos depois do primeiro desconfinamento

"Os recintos de espectáculo tiveram um comportamento exemplar, como foi aliás reconhecido pela presença da Sra. Ministra da Cultura, Dra. Graça Fonseca e do Sr. Primeiro-Ministro, Dr. António Costa em vários espectáculos ao longo dos últimos 12 meses e mesmo com enormes restrições nas lotações das salas, recintos de espectáculos e até no tipo de eventos permitidos, o que assistimos foi um verdadeiro exercício de resiliência?, acrescentam.

"Os promotores, públicos e privados, cumpriram rigorosamente as regras da Direcção-Geral de Saúde e tornaram as salas e os recinto culturais seguros, sem que tivesse sido identificado qualquer surto que tenha surgido a partir de qualquer evento ou espectáculo".