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Redação
10 março 2022, 12:43
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Guerra da Ucrânia: Roger Waters critica países ocidentais

Guerra da Ucrânia: Roger Waters critica países ocidentais
LUSA
Redação
10 março 2022, 12:43
Músico lamenta as jogadas de gangster de Washington, à semelhança da invasão russa à Ucrânia.

O músico bastante politizado Roger Waters quebrou finalmente o silêncio sobre a atual guerra iniciada pela Rússia contra a Ucrânia, em resposta nas redes sociais a uma mensagem de uma fã ucraniana, Alina Mitrofanova, que lhe pedia uma posição sobre este conflito.

Roger Waters faz uma vilanização geral da situação, atribuindo o mesmo rótulo de gangster tanto ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, como à política externa dos Estados Unidos. E mostra uma discordância face à sua fã ucraniana, que afirmava ter 200% de certeza de não haver neo-nazis no seu país: "a tua crença de 200% está certamente errada. Tanto o Batalhão de Azov no vosso exército, como a Milícia Nacional e os C14 são conhecidos como autoproclamados grupos neo-nazis. Eles também são gangsters".

 

O ex-compositor dos Pink Floyd classifica como um "erro criminoso" a invasão à Ucrânia ordenada pelo Putin, lamentando igualmente o armamento do país invadido com armas por países ocidentais e a escalada da tensão por esses mesmos Estados.

Roger Waters alarga o termo de gangsters atribuído a Putin aos líderes políticos ocidentais. "Fiquei indignado com os gangsters Bush e Blair quando invadiram o Iraque em 2003. Fiquei indignado com a invasão da Palestina pelo governo gangster de Israel em 1967 e com a sua subsequente ocupação como um Apartheid que perdura há mais de 50 anos. Fiquei indignado com os gangsters Obama e Clinton quando ordenaram o bombardeamento ilegal da NATO tanto na Líbia como na Sérvia".

Roger Waters, que relembra que o seu pai e o seu avô perderam as suas vidas nas Grande Guerras contra os alemães, tem sido um músico bastante crítico e satírico com a política mundial, tal como o demonstra nos seus espetáculos ao vivo, que tem como alvos não só os governos de Israel ou dos Estados Unidos, como também Mark Zuckerberg (empresário dono do Facebook e do Instagram) ou Gina Haspel, antiga diretora da CIA.