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Agência Lusa
26 novembro 2022, 17:17
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Prisão preventiva para 31 dos 35 arguidos suspeitos de tráfico de pessoas no Alentejo

Prisão preventiva para 31 dos 35 arguidos suspeitos de tráfico de pessoas no Alentejo
Agência Lusa
26 novembro 2022, 17:17
O principal fundamento do juiz para a prisão preventiva é "o perigo de fuga".

Trinta e um dos 35 arguidos pertencentes a uma rede criminosa que contratava trabalhadores estrangeiros para agricultura no Baixo Alentejo ficaram hoje em prisão preventiva, segundo o despacho do Tribunal Central de Instrução Criminal. 

Segundo o despacho, a que Lusa teve acesso, o juiz Carlos Alexandre determinou a prisão preventiva para 31 arguidos, oito dos quais com possibilidade de ficar em prisão domiciliária com pulseira eletrónica, caso o relatório da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais que vai avaliar as condições pessoais e sociais seja favorável.

O principal fundamento do juiz para a prisão preventiva é "o perigo de fuga".

Os restantes quatro arguidos, todos portugueses, saem em liberdade com Termo Identidade e Residência (TIR), proibição de contactos e apresentações periódicas diárias às autoridades. 

Os 35 arguidos, "fortemente indiciados" por associação criminosa, tráfico de pessoas, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, entre outros crimes, foram detidos na quarta-feira pela Polícia Judiciária.

A rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.

Esta investigação da PJ começou há cerca de um ano e teve como foco a angariação por aquela rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação dignod.

Pedro Proença, advogado de três arguidos, disse à Lusa que a procuradora do Ministério Público deu conta que a investigação ainda não terminou e que "nos próximos dias poderá haver mais detenções".