"The Dark Side of the Moon" dos Pink Floyd faz 50 anos

A 1 de março de 1973, era lançado o álbum dos Pink Floyd, The Dark Side of the Moon, na história da música por temas como 'Time', 'Money' ou 'Us and Them', e por uma densidade sonora em todo o disco.

O meio-século que comemora hoje aquele que é um discos mais vitais da história do rock leva-nos a mostrar dez curiosidades sobre tão marcante obra.

Curiosidade nº 1
"The Dark Side of the Moon" é o disco em que Roger Waters passa a assumir o encargo de diretor artistico e conceitual de toda uma obra, assinando ele próprio todas as letras. Sendo ele o motor criativo, o guitarrista David Gilmour também sobe na hierarquia da banda, como o principal municiador das melodias. A gravação do disco representa a consciencialização da vida adulta por parte de cada um dos membros, já mais maduros e com uma idade próxima dos 30 anos.

Curiosidade nº 2
O período de gravação de "Dark Side of the Moon" - de maio de 1972 a fevereiro de 1973 - corresponde à fase mais intensa de sempre para o quarteto inglês, a trabalhar 18 horas por dia: a compor, gravar e a manter uma agenda ao vivo muito preenchida.

Curiosidade nº 3
Os sons da máquina registadora de 'Money' foram gravados no anexo do quintal da casa de Roger Waters. 

Curiosidade nº 4
"The Dark Side of the Moon" engrossa a história gloriosa dos estúdios Abbey Road, onde os Beatles ou os Deep Purple gravaram alguns dos seus discos mais impactantes. O técnico de som dos estúdios de Abbey Road, Alan Parsons, tornou-se neste álbum numa espécie de quinto membro dos Pink Floyd, com as soluções engenhosas que foi arranjando como os efeitos derivados das tecnologias recentes, incluindo loops. Houve outra instrumentação a dar uma personalidade particular a "The Dark Side of the Moon" pelo quarteto, como altifalantes Leslie, o uso de sintetizadores de forma inovadora e até os sinos tubulares em 'Brain Damage'.

Curiosidade nº 5
A canção 'The Great Gig in the Sky' é sobre a morte e é cantado por uma mulher, Clare Torry, sem receber nenhuma orientação pelo resto da banda e com total experimentalismo.

Curiosidade nº 6
Das sete capas sugeridas pelo designer Storm Thorgerson, houve um consenso imediato numa só: a do triângulo (com efeitos de luzes), que simbolizava a ambição, mas também a loucura e a ganância. A edição do disco tornou-se numa capa dobrada - chamada de gatefold -, muito comum na altura.

Curiosidade nº 7
O álbum "The Dark Side Of The Moon" foi originalmente apresentado numa conferência de imprensa a 27 de fevereiro de 1973, no Planetário de Londres, com imagens do cosmos exibidos na cúpula ao som da música do disco, que estava quase a ser lançado. Neste mês, vai decorrer um espetáculo bidimensional e imersivo apoiado no álbum dos Pink Floyd, "The Dark Side of the Moon", em vários planetários do mundo.

Curiosidade nº 8
No ano anterior ao lançamento de "The Dark Side Of The Moon", os Pink Floyd já o tocavam por inteiro, segundo a ordem exata do disco. É também nesta longuíssima digressão ao longo dos anos de 1972 e de 1973 que os Pink Floyd passam a ter outros músicos em palco, como o saxofonista Dick Parry ou os coros femininos. É também nesta digressão que a banda passa a tocar em recintos maiores: grandes pavilhões e até mesmo estádios de basebol. 

Curiosidade nº 9
"The Dark Side Of The Moon" manteve-se no top da Billboard durante 736 semanas seguidas, de 1973 até 1988. É hoje o quarto álbum de sempre que mais cópias vendeu em todo o mundo: um total de mais de 45 milhões. 

Curiosidade nº 10
Alguns dos temas de "The Dark Side Of The Moon" continuaram a ser tocados ao vivo nas décadas subsequentes. Nas digressões dos Pink Floyd já sem Roger Waters, de finais dos anos 80 e de 1994, a banda comandada por David Gilmour usava no grande ecrã circular imagens de moedas e de caixas registadoras em 'Money', ou imagens de relógios de ponteiros em 'Time', no qual o baterista Nick Mason usava umas baquetas luminosas no arranque em suspense do tema. Roger Waters também continua a tocar algumas das canções do famigerado disco dos Pink Floyd, incluindo a balada 'Us & Them', durante a qual circulam imagens belicistas de soldados, tanques e polícias de choque.