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Redação
09 janeiro 2020, 17:15
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Governo Chinês proíbe livros estrangeiros em escolas públicas

Governo Chinês proíbe livros estrangeiros em escolas públicas
Redação
09 janeiro 2020, 17:15
Na lista constam manuais didáticos, pedagógicos e romances clássicos como a Odisseia de Homero ou Romeu e Julieta de Shakespeare.

A China decretou a proibição de livros literários, didáticos e pedagógicos estrangeiros em todas as escolas públicas do país. A medida, que foi anunciada na terça-feira pelo Ministério da Educação, pretende controlar os conteúdos lecionados aos alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclos. Em causa está, argumenta o governo chinês, a preocupação pela educação dos seus alunos que diz ser corrompida pela literacia de outras nações.

Nesse seguimento, o Estado já começou a trabalhar na produção de manuais escolares que respeitam a história, cultura e tradição chinesa. Além disso, o Ministério irá reforçar o controlo nas editoras para que os “princípios orientadores do marxismo reflitam o estilo chinês”, avançou a CNN.

O governo anunciou também que todos os livros que apresentem "problemas de direção política ou orientação de valor" não serão publicados. O Plano Nacional para a Construção de Livros Didáticos entra assim como providência, uma vez que se propõe a respeitar as ideologias chinesas, como a soberania nacional e a religião. Durante o processo, os livros serão redigidos e revistos pelo Estado e diretamente distribuídos nos estabelecimentos de ensino.

Exceção à regra, as escolas secundárias, profissionais e estrangeiras chinesas poderão recorrer a livros estrangeiros se traduzidos e publicados pelas editoras nacionais. As normas da nova lei estão, na íntegra, enumeradas num regulamento partilhado pelo governo Chinês no China Daily.